domingo, 27 de maio de 2007

EXPANSÃO PORTUGUESA


Monstros Marinhos



O Medo do Mar






Na Idade Média, a grande maioria dos europeus tem medo da água, e, mais ainda, da sua extensão, ou seja, do mar. Para os europeus, o reino das águas excluía a vida humana. O homem podia dominar os mares interiores, como os lagos, e até o Mediterrâneo, podia também atravessar os rios e navegar por eles, mas quando as águas se estendiam a perder de vista, até distâncias completamente desconhecidas, como acontecia no Oceano Atlântico, então o mar tornava-se o reino de todos os monstros.
Escritores da Antiguidade falavam da fecundidade do mar, pelo facto de acreditar que as sementes masculinas desciam do éter com a chuva e, ao caírem no mar, provocavam não só a fantástica multiplicidade de peixes e outros animais que nele habitavam, mas também o aparecimento dos maiores seres vivos de todo o mundo e das espécies mais confusas e monstruosas.
A este horror do mar junta-se a conotação negativa dada ao lugar onde o Sol se põe, e a sua associação com o reino da morte, por oposição ao lugar onde ele nasce, ou seja, aquele onde tudo começa. Assim, o Ocidente é o lugar das trevas, do desconhecido, do fim do mundo. É esta concepção que explica o enorme horror à navegação para Ocidente.
De facto, navegar para o Sul, ao longo da costa, e contornar o continente africano, era uma grande e terrível aventura, porque se pensava que o calor era tão grande que o mar fervia como numa marmita posta ao lume.
As navegações portuguesas do século XV, ao longo da costa africana e, depois, até à Índia, representam, de facto, uma enorme vitória sobre as concepções medievais acerca do mar e do mundo, porque ousaram aventurar-se até distâncias longínquas.


Adaptado de Bethencourt, Francisco e Chaudhuri, Kirti "História da Expansão Portuguesa" Vol.1


Para veres a representação de outros monstros marinhos clica nos endereços que se seguem:



quinta-feira, 17 de maio de 2007

VOAR

Florença


Berço do Renascimento italiano, Florença é uma das cidades mais belas do mundo. Um museu ao ar livre. Localizada na região italiana da Toscana, fica a 230Km a noroeste de Roma. Foi fundada por motivos comerciais e militares - controlar os pontos navegáveis do rio Arno e os montes Apeninos. A cidade data do século I a.C.. Inicialmente serviu de alojamento a uma guarnição militar romana e, quatro séculos depois, transformou-se num importante centro comercial.
No princípio do século XV, uma família de banqueiros, os Medici, tomou o poder, que conservaria até 1737. Os Medici criaram um poderoso estado toscano e, com o seu mecenato, imprimiram grande impulso à cultura renascentista em Florença.



Duomo Santa Maria del Fiori

Ponte Vecchio (Velha), sobre o rio Arno


Fonte de Neptuno na Piazza della Signoria


Para veres mais imagens desta linda cidade, clica nos endereços que te deixo:


Castelo de Chambord





O maior e talvez mais belo dos castelos do vale do Loire, em França. Considerado por muitos "um dos milagres do mundo". Foi mandado construir por Francisco I, tendo a fase inicial da sua construção durado de 1519 a 1541. Situa-se no centro de um parque de 5 500ha, com 154m de comprimento e 117 m de largura, 440 quartos, 365 chaminés e uma famosa escada dupla, verdadeira proeza arquitectónica, que ainda hoje espanta os construtores e terá sido concebida por Leonardo da Vinci.

O imenso parque que rodeia o castelo ainda hoje funciona como reserva de caça, destinada aos hóspedes mais importantes do presidente da República Francesa.

Clica no endereço que se segue e poderás ver imagens e ler mais um pouco da sua história. Não te esqueças de ligar o som do teu computador http://www.viagensimagens.com/cast_chambord.htm

Atenção: como o texto está escrito em Português do Brasil, surgem algumas palavras com ortografia diferente. Vejamos: deverá ser projecto, projectada, trajecto e tecto. Dizemos, sumptuoso e não suntuoso, autocarro e não ônibus e escrevemos Luiz(s) XIII e não 13.


Catedrais Subterrâneas - Minas de Sal de Wieliczka



Situadas na Polónia, a sudeste de Cracóvia, desde a sua abertura no século XII, as minas de sal não pararam de atrair visitantes e celebridades de todo o mundo. Por elas passaram, por exemplo, o czar Alexandre I, Chopin e o imperador austríaco Francisco José. Imagina que para este imperador, os engenheiros das minas, construíram um caminho-de -ferro e numa carruagem almofada a roxo percorreu as galerias. Actualmente, os visitantes descem 394 degraus até ao primeiro nível, antes de iniciarem uma marcha de cerca de 2Km através desta mina com 700 anos de idade.
Os mineiros esculpiram com sal figuras fantásticas, entre elas ressalta a da princesa húngara, Kinga. Como tanto os capatazes como os mineiros tinham o hábito de construir pequenas capelas de madeira para os seus colegas acidentados, quando uma das capelas se incendiou, em 1697, uma ordem real proibiu o uso da madeira e por isso os mineiros de Wieliczka se tornaram escultores de sal.




Para veres outras imagens das minas, clica no endereço que se segue:

http://images.google.pt/images?hl=pt-PT&q=minas+de+sal+de+wieliczka&gbv=2

sábado, 12 de maio de 2007

Três das Espécies Caçadas na Idade Média

Gamo






Javali


Cervo

As Distracções na Idade Média

Saltério



Atabal


Cítola









Entre as actividades mais queridas da nobreza e do clero, e com mais frequência praticadas, contava-se a caça. Na caça chegavam os nobres a passar semanas e meses.
Nos princípios do século XIII censurava-se D. Sancho I por obrigar os clérigos a sustentarem-lhe cães e aves para a caça.
Caçavam o urso, javali, o lobo, o gamo, o cervo, o onagro, etc.
A caça alargava-se a burgueses e vilãos. Caçavam-se o coelho, a perdiz, o gamo, o cervo.
O nobre medieval exercitava-se na arte de cavalgar. Montar bem, exercitar-se a cavalo, fazer toda a sorte de manobras do alto da sela.
Uma vez a cavalo, o nobre medieval podia entregar-se a uma série de exercícios desportivos, todos eles mais ou menos violentos. Desses, destacavam-se as justas e os torneios.
Do século XII ao século XIV, os trovadores e os jograis desempenharam papel de relevo nos divertimentos da nobreza.
Também eram frequentes os espectáculos de danças populares.
Todos os festejos populares se faziam à base de música e de dança. Bailava-se em roda, cantava-se, batia-se com as mãos e os pés.
Havia danças só para mulheres e danças em que tomavam parte os dois sexos.
Os instrumentos mais utilizados eram a viola, a cítola, o alaúde, a harpa, o saltério, a rota, a giga, o tambor, o pandeiro, o atabal e as castanholas.


Marques, A. Oliveira "A Sociedade Medieval Portuguesa"

terça-feira, 1 de maio de 2007

Pavilhão Rosa Mota / Palácio de Cristal

Palácio de Cristal

Inaugurado em 1865 pelo rei D. Luís, levou quatro anos a ser construído.Da autoria do arquitecto inglês Thomas Dillen Jones, era feito em granito, vidro e ferro. Media 150 metros de comprimento e 72 metros de largura e era dividido em três naves.

Foi destruído em 1951, tendo-se erguido no seu lugar uma nave em betão armado, a que foi dado o nome de Pavilhão dos Desportos, segundo projecto do arquitecto Carlos Loureiro e a pretexto do Campeonato Mundial de Hóquei. Desde 1991 é Pavilhão Rosa Mota, em homenagem a uma das mais ilustres atletas portuguesas.



Pavilhão Rosa Mota



Escondida por entre plátanos e pássaros, nos jardins do Palácio de Cristal, à espera de ser descoberta, está a Biblioteca Almeida Garrett.









Museu Romântico


O Museu Romântico da Quinta da Macieirinha, está instalado num edifício do século XIX. Trata-se da antiga Quinta da Macieira, Macieirinha ou Sacramento, pertenceu à família Pinto Basto. O rei Carlos Alberto do Piemonte veio a habitá-la em 1849, no seu brevíssimo tempo de exílio em Portugal, de 14 de Maio a 28 de Julho, data da sua morte.
Este Museu pretende ser a reconstituição do interior de uma casa da burguesia abastada do século XIX.

Podes visitar este Museu de 3ª a Domingo . Entrada gratuita aos Sábados e Domingos.

Horário: 3ª a Sábado 10:00h / 12:30h e 14:00h / 17:30h. Aos Domingos apenas no horário da tarde. Encerra à 2ºf e feriados.