domingo, 29 de abril de 2007

Pelourinho

Pelourinho de Sortelha

Os pelourinhos eram padrões dos concelhos e símbolos da liberdade e da autonomia municipal. Os antigos concelhos tinham grande autonomia administrativa e judicial. As penas que as justiças dos concelhos podiam aplicar eram a multa pecuniária (em dinheiro), a exposição acorrentada ao pelourinho, açoites, mutilações (cortes de partes do corpo), desterro e até a pena de morte. Esta não era executada no pelourinho mas sim na forca, localizada fora do povoado.

A picota, nome que se deu ao pelourinho até ao século XVI, tinha também a função de prisão na gaiola. Esta era de madeira encimando a coluna bastante elevada, onde o delinquente permanecia todo o tempo a que era condenado.

A partir provavelmente da segunda metade do século XVI, o sistema de detenção na gaiola vem a ser substituído, em virtude de nessa época, se começarem a construir os edifícios do tribunal e cadeia onde os condenados começaram a cumprir as suas penas.Como as grandes colunas das picotas deixaram de ser encimadas pela gaiola prisão, veio a criar-se o remate simbólico e decorativo da pequena gaiola em pedra.

Poderemos agrupar os pelourinhos em: de gaiola, de roca, de pinha, de tabuleiro, chapa rasa e bola.


Quanto à forma poderemos falar em quatro partes: plataforma com ou sem degraus, base ao meio da plataforma, coluna e remate.
Ferros de Sujeição pormenor do pelourinho de Barcelos onde se notam os ferros de sujeição compostos de cadeado com argolas de pescoço, com dobradiça e fechadura.







Picota século XII a XVI










domingo, 22 de abril de 2007

VIAGEM VIRTUAL

Palácio da Pena



Situado na serra de Sintra, remonta a 1839, quando D. Fernando de Saxe Coburgo Gotha, marido de D. Maria II, adquiriu as ruínas do Mosteiro Jerónimo de Nossa Senhora da Pena e iniciou as obras de adaptação a palacete.
É um notável exemplar da arquitectura portuguesa do Romantismo.
Foi considerado uma das 7 Maravilhas de Portugal.

Recorda o que lemos sobre D. Fernando de Saxe Coburgo Gotha, no último Boletim de História - Fevereiro 2008.

Clica no endereço que te deixo e vê mais fotografias deste belo palácio.
http://www.pbase.com/diasdosreis/pena&page=all


Pavilhão do Conhecimento






A viagem que hoje aqui deixo foi ideia da Filipa do 5ºJ, podem ver no comentário que ela nos deixou, adorei a ideia e aqui fica. Aproveitem e viagem connosco!

Um pouco do seu historial
:

Este novo espaço de divulgação científica e tecnológica situa-se no edifício que, durante os 132 dias da EXPO'98, foi um dos seus pavilhões temáticos, o do "Conhecimento dos Mares".
O Pavilhão do Conhecimento dos Mares, foi, com os seus 2.543.914 visitantes, um dos mais visitados da EXPO'98.Com esta sua nova missão, o Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva pretende ser um núcleo de interesse e um pólo de atracção.



Museu da Água





A 12 de Maio de 1731, D. João V autoriza a construção do Aqueduto das Águas Livres. As obras de construção iniciam-se em Agosto de 1732 e em 1748 o Aqueduto entra em funcionamento. A sua extensão, incluindo todos os seus ramais, é de 58 135 metros com 35 arcos.
O Aqueduto é uma das mais notáveis obras de sempre da engenharia hidráulica.

Agora que tanto se fala da importância de todos contribuirmos para a conservação da água, fica a proposta desta visita virtual e quem sabe, quando fores a Lisboa vás ao Museu ver no local o que agora visitas através do convite que te faço.

Não esqueças:

Todos temos o dever de contribuir para a conservação da água, porque:
*não há vida sem água;

* a água é um bem precioso indispensável a todas as actividades humanas;
*a água é um património de todos e todos devemos reconhecer o seu valor;

*cada um de nós tem o dever de a economizar e de a utilizar com cuidado;
*alterar a qualidade da água é prejudicar a vida do homem e dos outros seres vivos.

adaptado de Carta Europeia da Água, 1968





Clica no endereço que se segue e efectua uma visita ao Museu da Água e aos seus quatro nucleos museológicos. http://museudaagua.epal.pt/museudaagua/




Museu dos Coches






Carrinho de Criança (2ª metade do século XIX)




O Museu dos Coches possui uma colecção de viaturas reais do século XVII aos finais do século XIX. É considerada a mais notável colecção do mundo do seu género. É um dos museus mais visitados de Portugal.



Clica no endereço que se segue e viaja através do menu que te é oferecido. Clica em Colecção e depois em coches, berlindas, carrinhos, etc. e em Acessórios e depois em acessórios de: viatura, cavalaria, cortejo e fardamento. Não esqueças o Traje.


Endereço: http://www.museudoscoches-ipmuseus.pt/pt/frameset.htm






Queres visitar Conímbriga?



Clica no seguinte endereço: http://www.conimbriga.pt/index.html




E se fôssemos até ao belo Mosteiro de Santa Maria da Vitória na Batalha?




Clica no seguinte endereço:
http://www.360portugal.com/Distritos.QTVR/Leiria.VR/Patrimonio/Batalha/index.html

Atenção que no pequeno texto que acompanha as imagens tens quatro erros ortográficos: deves escrever inimigo, português, incêndio e espoliação. Fica o alerta - Como vês nem tudo o que se escreve na Internet está correcto!

Podes ainda clicar neste outro endereço:
http://migueleloi6.no.sapo.pt/Batalha/Batalha%2001.htm




Caminhemos mais para Sul, estamos junto ao rio Tejo e ao fantástico Mosteiro dos Jerónimos, a jóia do estilo Manuelino.









Encomendado pelo rei D. Manuel I , pouco depois de Vasco da Gama ter regressado da sua viagem à Índia, foi financiado em grande parte pelos lucros do comércio de especiarias. Escolhido o local, junto ao rio, em Santa Maria de Belém, em 1502 é iniciada a obra com vários arquitectos e construtores, entre eles Diogo Boitaca(plano inicial e parte da execução) e João de Castilho.

Clica no seguinte endereço:

http://www.mosteirojeronimos.pt/index_mosteiro.html

Corre a galeria virtual, a história do Mosteiro, a visita guiada, a forma como este está a ser conservado... sem esquecer os dois passatempos que te são oferecidos, vais gostar. Boa Viagem!

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Mesteirais

Os Mesteirais
"Nas cidades e vilas importantes, os mestres estavam arruados, ou seja reunidos por profissões numa mesma rua.Persistiram até hoje nomes de ruas que mostram bem esse princípio de "arrumação": Rua dos Sapateiros, Rua dos Correeiros, Rua dos Ourives do Ouro, Rua dos Ourives da Prata, em Lisboa; Rua da Ferraria, Rua dos Sapateiros, Rua das Tendas, no Porto; Rua das Padeiras, Rua das Olarias, Rua dos Esteireiros, Rua das Tanoarias, em Coimbra; Rua Peliteira, em Guimarães.
Assim, nas ruas principais de Lisboa ou do Porto, as tendas dos vários mestres alinhavam-se lado a lado exibindo à porta os mesmos produtos e disputando a freguesia. A tenda, propriedade do mesteiral ou alugada, era simultaneamente oficina e loja. O cliente podia muitas vezes controlar com os olhos a qualidade do trabalho e o acabamento do produto, quer se tratasse de um par de sapatos, quer de um tonel para o vinho.
Não existiam fábricas à maneira moderna, onde centenas ou milhares de operários trabalham sob as ordens de um patrão. Espreitemos, por exemplo, uma oficina de ferreiro em Évora do último quartel do século XIV. Um mestre precisava de um dia de trabalho para lavrar um quintal de ferro em onze ou doze ferros de arado, ou oito enxadas, ou dezasseis dúzias de ferraduras de cavalo com os respectivos cravos. Dois homens, os sergentes, malhavam o ferro, enquanto um quarto, o foleiro, certamente ainda aprendiz, "tangia" ao fole.Um moço - chamado ganha-dinheiros - acarretava o ferro, a lenha e o carvão para a forja, a água para arrefecer o metal e por último empilhava as ferraduras ou os cravos. A oficina ocupava portanto cinco pessoas. Se uma só loja não era suficiente para o aumento do consumo, o remédio estava na abertura de uma nova loja e não no alargamento da primeira."
Marques, A. Oliveira, in "A Sociedade Medieval Portuguesa"
Clica para veres as imagens:

domingo, 15 de abril de 2007

Interior da Igreja do Mosteiro de Leça do Balio

Fotografia nº 2

Interior da Igreja do Mosteiro de Leça do Balio

Fotografia nº 1

Igreja do Mosteiro de Leça do Balio

A Igreja do Mosteiro de Leça do Balio, no concelho de Matosinhos, é um exemplar de igreja fortificada, à semelhança de outras da mesma época. O aspecto actual data do início do século XIV.
O Mosteiro de Leça do Balio pertenceu a uma ordem religiosa, a Ordem dos Hospitalários, e constituía um couto.
Diz-se que uma igreja é fortificada quando tem o aspecto de uma fortaleza, com muros altos e grossos, torres e pequenas janelas. Em tempo de guerra as igrejas fortificadas serviam de refúgio às populações.

Igreja do Mosteiro de Leça do Balio

Cartas de Foral

Carta de Foral


Foral Manuelino de Lisboa, 7 de Agosto de 1500


"Diz-se foral ou carta de foral, o diploma concedido pelo rei, ou por um senhorio laico ou eclesiástico, a determinada terra, contendo normas que disciplinam as relações dos seus povoadores ou habitantes entre si e destes com a entidade outorgante."

Serrão, Joel, in "Dicionário de História de Portugal" Vol III, Porto 1979


Carta de Foral de Paredes


"D. Dinis, pela graça de Deus rei de Portugal e do Algarve. A todos(...) informo que faço carta de foral aos povoadores da minha póvoa de Paredes que é no termo de Leiria e parte junto ao termo de Alcobaça.

Ordeno que aí morem pelo menos trinta povoadores (...) e mando que os homens que aí morarem dêem a mim e aos meus sucessores a dízima de todo o pescado que tirarem do mar (...).

Para que possam morar e povoar o dito lugar de Paredes dou-lhes o meu reguengo de Valmar (...) para que semeiem três alqueires de linhaça para as suas redes e linhas e não me dêem foro durante cinco anos dessa linhaça.

E estes povoadores, depois de possuírem a dita herdade durante cinco anos, podem vendê-la."

Carta de foral de Paredes (Leiria), 1286








domingo, 8 de abril de 2007

Caminho da Ronda - Castelo de Bragança


Torre de Menagem do Castelo de Bragança


Uma das mais belas do país. É um impressionante monumento de arquitectura Gótica, tem 17m de largura por 33 de altura. Actualmente alberga o Museu Militar.

Castelo de Bragança



O Castelo de Bragança foi construído por D. Dinis e ampliado por D. João I para melhor defesa da raia fronteiriça. No centro das quatro torres cilíndricas do castelo, ergue-se a Torre de Menagem. As muralhas incluem 15 cubelos e três portas, e são coroadas por um caminho de ronda.








Interior da Domus Municipalis


Domus Municipalis

Monumento único na Península Ibérica dentro da arquitectura civil românica.
A Domus, é um dos ex libris de Bragança. É constituída por dois espaços distintos: uma cisterna para armazenar águas pluviais e nascentes, e o salão que terá sido utilizado para se realizarem reuniões dos "homens-bons".
A iluminação é efectuada por uma série contínua de janelas em arco abatido. O 1º piso é ocupado por um salão único, amplo, com pavimento lajeado, com uma bancada corrida ao longo de todas as paredes, em pedra, para assento dos "homens-bons" do concelho.